Gentes
Nós, que não nos acreditamos completamente idiotas, não permitamos mais que nos tratem como tal.
Saltemos do esquife! Chega de contemporizações!!! Nós com os outros e os outros, conosco. Vamos às falas!!! Tomemos, com firmeza, as atitudes urgentes e necessárias em favor do coletivo – cada um de nós está no conjunto.
Tendo vivido 7 décadas em turbilhões, frutos de minha displicência, hoje constato, impactada, o fluxo e o refluxo da vida. Girei nos altos; nos centros e nos baixos da roda, complacente comigo e com os outros. Digo e repito a mim mesma: antes tarde do que nunca, vale ter a consciência despertada! Parar pra pensar; prestar real atenção nas pessoas e nas coisas, têm sido uma porta aberta pra rever comportamentos.
Bato na mesma tecla, querendo muito que alguém ouça o som; que pense; que queira conversar sobre estas questões e outras; que se disponha a agir e a reagir.
Temos direitos de cidadania, vamos exigi-los. Temos deveres de cidadania, vamos cumpri-los.
Façamos nosso papel no espetáculo – que está cada vez mais indignante; cada vez mais aterrorizante – da melhor maneira que nos for possível. Se não prestam, cabe a nós todos trocar o diretor e sua equipe. Trocarmos, inclusive, o texto; a encenação inteira.
O cômodo; o covarde; o abjeto “deixa pra lá”, nos está trazendo funestas conseqüências. O Brasil não crescerá plenamente ou crescerá enfermo. Nós não seremos um povo respeitável, se não sairmos – já; se não fecharmos – agora, a cloaca na qual estamos mergulhados: corrupção geral, desenfreada e o pior, por nós chancelada. Nossa ganância sem limites. Governantes; legisladores; magistrados, descarados, em suas mentiras e malfeitos. Nosso egoísmo. Nossa falta de boas maneiras. Nossas cavalices. Nossa indiferença a tudo que não nos diz respeito diretamente. A ausência dos velhos e bons valores, que nos dão prumo; que nos fazem viver, civilizadamente, em sociedade – empurram-nos com rapidez pro “7° inferno”.
Está mais do que na hora de tirarmos a burca, que nos dificulta a visão.
De baixarmos dos nossos delírios. De entrarmos na real. Quem ainda acha “normais” os chocantes acontecimentos cotidianos; os comportamentos de feras com os quais nos deparamos, dia após dia – sem esquecer os que protagonizamos – está afundando na fossa e levando muita gente junto.
É MOLE OU QUEREMOS MAIS???
A História das Civilizações, não nos deixa ter ilusões idióticas. O ser humano – na sua essência – é podre. O que “salvou” a espécie; o que ainda pode continuar nos protegendo uns dos outros e de nós mesmo, é a gloriosa capacidade de raciocínio; de discernimento. Usemos-as com fartura.
É MOLE OU QUEREMOS MAIS???
As coisas materiais hoje à nossa disposição, estão mais fabulosas que nunca. São monumentais os avanços da Ciência e da Tecnologia.
Se não pudermos usufruir das maravilhas existentes, porque não vivemos em paz no conjunto – elas, pouco ou nada valem. Se não pudermos confiar nem na nossa sombra; se temos medo de tudo e de todos – elas, pouco ou de nada servem.
Pensar. Pensar. Pensar!!! Conversar, conversar e conversar!!! É o que precisamos fazer, agora!!!
Praticamos “coisas” e “loisas”. Pras “coisas”, paciência e muita conversa. As “coisas” são intrínsecas ao ser humano. Se formos radicalizar com as “coisas”, não nos “damos” nem com a gente mesmo. Pras “loisas,” porrada / boca dura como fez Jesus com os vendilhões do Templo.
Repito, chega de contemporizações!!! Nesta vida, aprendamos, há hora pra doçura. Há hora pro esporro.
Não sejamos mais – por omissos; por alienados; por covardes – cúmplices daqueles que sem nenhuma cerimônia, merdeiam nossas vidas; nosso tempo. Não viveremos outra e o tempo não volta.
É MOLE OU QUEREMOS MAIS???
Logo mais, em 2012 e em 2014 teremos eleições aos cargos públicos. Em nome do nosso bem-estar - povo brasileiro - mais uma vez, fiquemos atentos.
Vamos manter em nossa memória, que o país necessita - mais que tudo - de governantes e legisladores “ficha limpa”. Que temos a obrigação de saber da existência da Constituição Federal. Cumpri-la e fazer cumpri-la é o dever de todos. Para tanto, seus dispositivos devem ser amplamente divulgados.
Lembremos que nossas vidas estão nas mãos dos políticos.
Aqueles comprovadamente safados, devem ser eliminados da vida pública. Procuremos saber se os candidatos “novos” serão ou não, merecedores do nosso voto.
Isidoro Diniz, meu amigo do coração, diz: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.
Pegando a deixa: erro; equívoco é uma coisa, calhordice é outra coisa.
Entre os políticos - há honrosas exceções - “quem menos corre voa”, atrás do que ambicionam pra si; pra sua família e aos de seu grupo. Tudo gira em torno do aparelho digestivo dessas ariranhas. A “carne” que desejam é o dinheiro, fruto do nosso trabalho, que pagamos ao governo por meio dos impostos.
A acirrada disputa por cargos, após as eleições, mostra um panorama que não tem nada de bonito.
Os compromissos assumidos nas campanhas não valem nada?
Pós eleitos, pra muitos, prevalece o eterno: o povo que se lasque!!!
Nunca fui, não sou e muito provavelmente não serei filiada a partido político. Não vejo nenhum deles dar cumprimento ao seu programa. Não vejo muitos deles recusar filiação aos mafiosos. Não vejo muitos deles expulsar de seus quadros, aqueles que desrespeitam o povo.
Com ou sem eleições, por favor, tenhamos compostura.
Prestemos atenção: o governo - nós - financia os partidos políticos; as campanhas eleitorais, inclusive, oferecendo aos mesmos, horário gratuito pra que façam suas falações, no rádio e na televisão.
Como a ânsia pelo poder e suas fantásticas facilidades é sem tamanho, candidatos “catam” rios de dinheiro onde for possível. Como a maioria dos “doadores” não é “arcanjo”. Como na maioria das vezes, esses não têm nenhum interesse pelo país e sua gente, salta aos olhos que o grande propósito de muitos candidatos e financiadores, chegando ao poder, é divertir-se ao máximo, no café da manhã; no almoço; no lanche; no jantar e na ceia, dos predadores.
Fui eleitora e fiz campanhas pra candidatos do Partido dos Trabalhadores - PT. Quando os petistas chegaram ao poder, jogaram no lixo o programa do partido; 20 e tantos anos de discurso, enfim, sua história. “Causa-me espécie” - como dizia minha amiga querida Luciana Cherobim - constatar que pessoas de boa reputação continuam no partido. Que pessoas lúcidas, continuam votando em petistas; continuam engolindo “tudo que está aí”.
Temos que reconhecer que o governo Lula realizou importantes e consideráveis ações e obras em nosso benefício; em favor dos miseráveis; pobres; da população de baixa renda.
Penso que, certamente, teria feito muitíssimo mais; teria atingindo maior número de brasileiros pobres, se não tivesse permitido a deslavada corrupção que marca sua passagem pela Presidência do país. Se não tivesse ignorado as inúmeras denúncias feitas e tivesse punido, exemplarmente, os culpados pelas sacanagens ocorridas; pelos assaltos ao erário público.
O então presidente Lula, teria dado maior dignidade ao seu governo, se não tivesse querido “tapar o sol com peneira”. O eterno não saber sobre o que ocorria à sua volta.
Um antigo ditado popular, ilustra com clareza essa “alienação”: “não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe”. Por exemplo, “raiva” dos veículos de comunicação que investigam os fatos; se documentam e - cumprindo seu papel – informam; denunciam os corruptores e corruptos; os abusos do poder; as tentativas de soterrar o regime democrático.
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, petista, abraçou e bajulou ditadores desprezíveis: Fidel e Raul Castro; Hugo Chávez; Evo Morales; Hosni Mubarak; Mahmoud Ahmadinejad.
Lula e o PT demonstraram simpatia pelas FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, grupo sobejamente conhecido como traficante de cocaína e, terrorista.
“Nunca antes na história deste país”, se viu tanta ganância; tanta falta de respeito pelo povo; tanto engodo.
Dá-lhe teta pública pra tanto “caboco mamadô”!!!
Lembremos que a estabilidade econômica que ora vivemos; o controle da inflação, teve início no governo Itamar Franco com o Plano Real, sendo Fernando Henrique Cardoso - FHC, o ministro da Fazenda. Lembremos que o controle da inflação que ora beneficia o povo brasileiro, foi consolidado no governo Fernando Henrique.
À época, FHC implantou vários programas sociais importantes: alimentação pros pobres; saúde; educação e entre outros, o programa Comunidade Solidária desenvolvido por sua mulher, Ruth Cardoso.
O presidente Lula, felizmente, manteve e fortaleceu a política econômica do governo tucano.
É MOLE OU QUEREMOS MAIS???
Integrantes de partidos políticos de oposição durante o governo Lula, ficaram “desmaiados”. Muitos não cumpriram seu dever de fiscalizar os atos do Executivo e, não denunciaram - aos mil ventos - as falcatruas ocorridas.
Nas Casas de Leis, os que se dignaram a se pronunciar sobre a corrupção, o fizeram “entre 4 paredes”. O povo não sabe o que é discursado pelos legisladores, nas sessões plenárias.
Ainda que as rádios e as TVs do Congresso Nacional, divulguem os trabalhos parlamentares, são poucos os que se interessam em sintonizá-las.
Na campanha eleitoral, a oposição “ressucitou” pra naquele exato momento, levar ao público os “podres” dos adversários, muitas vezes, sem fundamento. O propósito único da oposição, foi tirar-lhes voto.
Posicionar-se contra a corrupção gritante do governo petista, não foi o “mote” principal da oposição. De antas que foram, muitos perderam a eleição.
José Serra, o candidato tucano à Presidência, pra não desagradar os milhões de brasileiras e brasileiros apaixonados por Lula; encantados por seu “espetacular e honrado governo”, não defendeu como deveria ter feito – reitero - as muitas ótimas ações, realizadas no mandato FHC, de quem foi ministro.
Serra “engoliu” os ataques de Dilma; as louvações que a candidata petista fez, mesmo ela sabendo sobre a propaganda enganosa e o festival de corrupção promovido pelo governo do qual fez parte.
Serra, se fez de “migué” pra comer doce. Acabou por não comer o pudim de leite e, o Brasil “continua com antes no quartel de Abrantes”. Lamentável pra nós, que o governo petista, agora com Dilma Rousseff, continue um valhacouto.
É MOLE OU QUEREMOS MAIS???
As “alianças” que são feitas entre os partidos políticos a propósito das eleições, são chocantes pela variedade de posturas de seus filiados. O que interessa, parece, são só os possíveis cargos públicos que serão “loteados”.
Por que disputam, descaradamente, os ministérios; as secretarias; as empresas estatais com maiores orçamentos?
Como somos atontados, engolimos como água o discurso da “governabilidade”.
Nós elegemos os políticos, acreditando que trabalharão em favor do povo. Não os elegemos, pra que nos sacaneiem.
Penso, que se a proposta de lei beneficia o povo, não há razão nenhuma pra “conchavos”, pra “mensalões”. No caso de que parlamentares queiram “negociar” seu voto; se “atravancarem” os trâmites legislativos, é obrigação moral; obrigação de cidadania, o governante e/ou o propositor do projeto de lei, denunciar - aos mil ventos - a patifaria.
É MOLE OU QUEREMOS MAIS???
A presidente da República, mostra que não vai – mesmo – contribuir pro alijamento do exercício político sórdido. Ao contrário, alimenta-o.
Como Dilma não teve argumentos sólidos; efetivamente convincentes pra levar a Câmara dos Deputados à votação consciente, no valor que ela definiu como justo pro salário mínimo, a senhora Rousseff ameaçou.
Ameaçou os partidos aliados, inclusive, o próprio PT com a perda de ministérios e outros cargos. Com cortes de emendas no orçamento da União. Com o fim da possibilidade de chamar integrantes dos mesmos partidos, pra participarem da “festa do bode”.
Dilma e companhia, sem constrangimentos, escancararam mais uma vez o vergonhoso estilo petista de governar.
A submissão de legisladores ao Executivo. As “manobras” que muitos fazem no intuito de obterem benesses umbilicais, são cenas que “seriam cômicas se não fossem trágicas”.
´É MOLE OU QUEREMOS MAIS???
Considerando-se que muitas das empresas públicas têm sido focos de escândalos; de roubalheiras; de má gestão - somos nós, o povo, que pagamos por toda a roubalheira - a privatização, realizada com critérios éticos, é a melhor medida pro país.
Temos exemplos: melhores serviços; administração profissional; altos impostos que a empresa privada paga ao governo. Com as privatizações acaba, também, o cretino sistema de “cabide de emprego”.
Vejamos: na ânsia pelo poder e suas continentais vantagens, os “esquerdistas” discursam contra as privatizações. Cargos comissionados, ou seja, aqueles chamados “de confiança”, são hoje ocupados por “companheiros” do PT; por pessoas indicadas pelos partidos aliados - principalmente pelo PMDB, que há muito tempo deixou de ser “o MDB velho de guerra”. Muitos desses “companheiros” e indicados, não possuem as qualificações profissionais que os cargos que ocupam, exigem.
Os petistas - pobre Brasil!!! - pelo que temos observado, querem manter-se no poder porque os cofres públicos, sempre reabastecidos com nosso suado dinheiro, garantem-lhes - mais que tudo - ótimos salários. Assim como, muitas oportunidades pra - em pouco tempo e de qualquer modo - ascenderem à classe média média, ou seja, à “burguesia”, e/ou à classe média alta, ou seja, à “elite”.
Querem ascender à essa “burguesia”, tão desclassificada nos discursos da “esquerda” hipócrita. Querem ascender à “elite bandida” que pode ter nível universitário; bom nível cultural; trabalho e remuneração ou pró-labore condizentes com sua formação profissional.
Observemos, que dessa “burguesia alienada” e dessa “elite” tantas vezes rotulada de “canalha”, pertencem pessoas que trabalham duro; que contribuem com seus saberes e fazeres, pro desenvolvimento do país/seu povo.
É MOLE OU QUEREMOS MAIS???
Prestemos atenção: parlamentar bandido não tem moral pra representar o povo; legislar; fiscalizar atos do governo. Pessoas calhordas não podem ser paparicadas, muito menos, ocupar cargos públicos, particularmente os de liderança.
Lembremos que os políticos que elegemos pros Poderes Executivo e Legislativo, não estão fazendo favor em trabalhar pra quem lhes garante o polpudo salário, bem como inúmeras e diversas mordomias.
Prestemos atenção: o servidor público, comprovadamente safado, deve perder o cargo. O dinheiro do contribuinte, tem que ser preservado pras ações em nosso benefício - o povo brasileiro.
O servidor público, pago com o dinheiro do povo é nosso empregado. Está no cargo, pra nos atender com civilidade e respeito.
Os servidores públicos têm que lembrar que os “Tonantes” passam. O povo; os usuários; os próprios permanecem. Submetermo-nos à vaidade; à ignorância; às malandragens dos “chefes de plantão”; sermos cúmplices das “ações entre amigos” - ocorrência frequente - é mergulhar no pântano junto com aqueles que não têm decência.
É MOLE OU QUEREMOS MAIS???
Quem estuda História; quem está atento aos acontecimentos passados e recentes do mundo, sabe que a titulação “esquerda”; “centro”; “direita”, hoje, não passa de literatura; de discurso.
A podridão está em todas as “direções”, assim como a ética.
“Esquerdistas”; “centristas” ou “direitistas” - há honrosas exceções - ao conquistar o poder perdem a memória. Esquecem os compromissos assumidos nas campanhas às eleições. Os “capi”, os chefões encastelam-se. Tiranizam o povo. Censuram tudo e todos. Acabam com os meios de comunicação. Transformam-se em monstros sugadores de sangue; do dinheiro público; da dignidade dos governados. Donos do mundo; cheios de gás; exilam; encarceram; torturam; assassinam adversários.
Os chupadores de dedão do pé - mais calhordas ainda - festejam os criminosos; rastejam sobre lixo não reciclável, pra não perder a suculenta teta que é o erário publico.
Muitos, ordinários, defendem os tiranos. Outros, ignorantes sobre os fatos históricos mundiais, defendem; aplaudem as mentiras; as encenações; as canalhices dos ditadores.
A maioria desses “espertos” faz isso tudo - de longe. Não quer vivenciar in loco a opressão; a repressão; a violência; a miséria sofridas pelo povo dos países vítimas do engodo.
O deslumbramento pelo poder, leva muitos a não querer tirar a bunda do “trono imperial”.
Governos ao arrepio das leis. Ditaduras - de que “lado” seja - são foda com espinhos. Sempre!!!