Yara Sarmento, nascida em 7 de junho de 1940, é natural de Antonina, onde viveu até 1950, quando veio residir definitivamente em Curitiba.
A televisão engatinhava no Paraná, no início da década de 60, e Yara era uma das principais figuras
Em 1964, foi para o Rio de Janeiro e participou como atriz de teleteatros da TV Tupi. No início das atividades da TV Globo participou dos programas “Festa em Casa”; “4 no Teatro”; “Presença”; “Capitão Furacão”; “Quando a Vida É Uma Canção” e integrou o elenco das novelas: “Rosinha do Sobrado”; “A Moreninha” e “Padre Tião” sob a direção de Graça Melo, e de “Um Rosto de Mulher”, direção de Sérgio Britto. Ainda na TV Globo apresentou o noticiário “Tele-Jornal da 1:00 Hora”.
A convite de Carlos Machado fez parte do elenco da revista musical “Carlos Machado’s Holliday”, na Boate Fred’s, ao lado de Irene Ravache, Cláudia Martins, Sueli Franco, Rossana Ghessa, Ari Fontoura e Hugo Sandes.
Fez dublagens para filmes de televisão e de cinema nos estúdios Herbert Richers e Peri Filmes.
Em São Paulo, a partir de 1967, fez parte do elenco do teleteatro “Processo 68. No teatro, atuou nas peças “Receita de Vinícius”, direção de Sady Cabral, no Teatro das Nações, e “A Raposa e as Uvas”, direção de Nydia Lícia, no Teatro Bela Vista e em temporada popular, nos espaços cênicos dos bairros paulistas.
Voltando a Curitiba, participou como atriz em “Via Crucis”, direção de Oraci Gemba.
Integrou, também, o elenco da produção do Teatro de Comédia do Paraná - TCP, da então Fundação Teatro Guaíra - FTG, “A Torre em Concurso”, sob a direção de Gemba - 1976.
Advogada, formada pela Universidade Federal do Paraná, Yara foi uma das pessoas que mais atuou pela organização da classe artística e pela regulamentação das profissões a ela ligadas. Participou da equipe paranaense que elaborou o ante-projeto da Lei 6.533/1978, a qual regulamenta a Profissão de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões.
É uma das fundadoras do SATED – Sindicatro de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado do Paraná.
Uma das idealizadoras e fundadoras do Troféu Gralha Azul, a própria Yara foi agraciada com o prêmio de melhor atriz em 1977, com a peça “Carla, Gigi e Margot. No ano seguinte, recebeu o mesmo Troféu de Melhor Atriz Coadjuvante por seu trabalho na peça dirigida por Roberto Menghini "Cinderela do Petróleo.
Os jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná concederam-lhe em 1978, o Diploma de Melhor do Ano/1977 como Melhor Atriz de Teleteatro.
Na edição 1985/1986, Yara Sarmento recebeu Menção Honrosa pela criação do Troféu Gralha Azul. Na edição 1988/1989, voltou a ser homenageada com o Troféu pela Fundação Teatro Guaíra - hoje, Centro Cultural Teatro Guaíra - CCTG - e pela classe artística paranaense, pelo trabalho que desenvolveu em Brasília junto à Assembléia Nacional Constituinte, em favor das Artes e da Cultura Brasileiras. Nesse trabalho, representou as entidades nacionais de artistas, técnicos e produtores em espetáculos de diversões.
Em 1991, a Câmara Municipal de Curitiba concedeu-lhe Diploma de Reconhecimento por sua atuação em favor da área cultural.
Deixando o cargo de Diretora, Yara continuou atuando na Assessoria da Diretoria Artística do CCTG, lugar que só deixou a semana passada, com sua aposentadoria.
Pessoa extremamente afável, a par da profissional de vastíssimo currículo e realizações, Yara é unanimidade entre seus colegas como amiga e apoiadora.
Por isso, as homenagens todas que recebe no momento.
Fonte: Site do Teatro Guaíra, em 16.06.2010